Há fontes que estreitam horizontes, como cavalos ou éguas inocentes, usando antolhos, como restolhos de gramíneas enraizadas após a ceifa que, sem coincidências, seu tempo começa em abril e termina em meados de junho, veremos, com o que temos e com o que nunca teremos, com o desmantelo que não se curvará a nenhum apelo, acomodados, arretados, estarrecidos ou acovardados, com olhares definidos, na claridade permitida ou nas sutilezas da escuridão, com íris cor de mel, com o recurso de metáforas que comparam e amenizam o atual momento cruel, como a seta e o alvo no trajeto metafísico que acerta, com os erros coletivos, com valores morais invertidos, com pragmatismos ou à beira de abismos, com a concisão dos  aforismos, nas lutas e relutâncias do país outrora suprimido, com a coragem  e os medos dos que carregam desde a escravidão gritos contidos, com os ímpetos atuais dos que são aguerridos, com os perigos na esquina, “ainda somos os mesmos”.
 
A sapiência que satisfaz os espertos, o universo machista que atropela a capacidade empírica, lírica, intelectual e hábil de uma mulher, as agilidades resolutas dos machos a decidirem os destinos do mundo, com movimentos atabalhoados ou milimetricamente pensados, atrás da grana, do poder, do porvir, a impor e a definir os pensamentos, resultarão no recrudescimento das chamas do fogo que nos queima, afinal, no país tropical, há telescópios continentais a nos observar, no nosso quintal, no grampo de um telefone ou no espaço sideral, vaiados ou aplaudidos, “ainda somos os mesmos”, no palco das terras de Vera Cruz, cambaleantes ou alinhados, quem será que nos conduz?
 
Somos o espetáculo latino americano, excêntricos, nem dividimos a mesma língua com nossos hermanos, aqui, tramamos às claras ou debaixo dos panos, reminiscentes dos açoites nos machucamos e, universalmente escancaramos sem igual, que aqui há alegrias, futebol e carnaval.
 
Na republiqueta das (dos) bananas, marchamos conscientes ou de forma insana, carcomidos pelo ódio ou aglomerados nas ruas da esperança com a força e a energia que emana à luz das fontes, que alargam os horizontes.... e, nessas “mal traçadas linhas”, não há o que nos contenha, com análises científicas,com análises simplistas ou com nossas resenhas, há, na terra brasilis e no pós “descobrimento”um alumbramento ao encontrarmos, efetivamente, as delicadezas que nos humaniza e nos torna, todos, irmãos, como acontece no sonho e na ilusão de um poeta na multidão!