“Os presídios brasileiros são faculdades do crime, não recuperam ninguém”. A afirmação, do advogado Mário Ottoboni, tem chamado a atenção do mundo para um modelo  desenvolvido por ele que já está sendo exportado para vários países, entes eles Alemanha, Argentina, Estados Unidos, Inglarterra, País de Gales, Nova Zelândia e Noruega.

Através dele, os presos tem a disposição serviços de saúde – como atendimento odontológico e psicológico – jurídico e educativo, além de se envolverem com atividades diversas, como  participarem de oficinas de artes plásticas, literatura, fotografia e vídeo, além de práticas esportivas.

O ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes das Dores de Souza, foi incluído no programa, tendo dito, ao sair recentemente da prisão, para aguardar recurso em liberdade, que a Associação  de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC),  que tem implementado o programa em algumas unidades prisionais, “é uma obra de Deus”.

Para Mário Ottoboni,  no sistema prisional tradicional o preso fica enjaulado, esquecido e abandonado à própria sorte. “Aí uma facção  oferece proteção para a família, drogas e mordomias e o sujeito acaba operário do crime”.  Já o modelo da Apac, abraçado por várias instituições que se dispõem a oferecer serviços,  tem mudado essa realidade onde implantado.

Para ser selecionado, como aconteceu com Bruno, a família do preso precisa morar na região da unidade que incorpora o modelo e ele deve manifestar disposição de seguir uma rígida disciplina, que inclui horas de estudo e trabalho. Não há agentes armados e os próprios detentos preparam suas refeições.  Outro fator importante é a economia. O custo de um preso é 50% menor do que o custo do modelo tradicional.

Fonte: Da Redação


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