Os professores da Rede Estadual de Ensino (REE/MS) receberam hoje o pagamento relativo ao mês de fevereiro ainda sem o reajuste de 7,64%, que deveria ser aplicado em janeiro. Com o atraso de dois meses e sem previsão de resolução do problema, a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) protocolou novo ofício, solicitando reunião com o governador Reinaldo Azambuja. Esta é a segunda vez, desde a semana passada, que a categoria tenta se encontrar com o governador. 
 
O aumento de 7,64% é referente ao piso nacional dos professores. Além deste reajuste, há outro, de 4,37%, a serem concedidos em outubro.  Esses aumentos salariais resultaram de acordo para encerramento da greve, realizada pelos professores em 2015. No dia 30 de junho daquele ano, depois de audiência de conciliação, Reinaldo Azambuja concordou em escalonar o reajuste salarial dos professores até 2021, quando seria integralizado o piso nacional do magistério para a carga horária de 20 horas. Assim, todo o ano, o governo deve aplicar o aumento do piso nacional (neste ano, de 7,64%), além de outro porcentual em outubro (neste ano, de 4,37%) para chegar ao valor acordado em 2021. Antes, na negociação com o então governador André Puccinelli, a equiparação salarial deveria ocorrer até 2018.
 
Na manhã de hoje, a assessoria de imprensa da Fetems informou que a entidade está tentando se encontrar com Azambuja. Há dua semanas, em entrevista ao Correio do Estado, Roberto Magno Botareli, presidente da Fetems, afirmou que não se trata de negociação com o governo. “É uma decisão judicial e deve ser cumprida”, enfatizou. Ele argumentou, na ocasião, que o Estado está enxugando a folha salarial do magistério, com o desligamento de aproximadamente 4,8 mil professores convocados. “Com isso, o governo terá fôlego financeiro para aplicar o reajuste”, afirmou. 

Fonte: Correio do Estado


Deixe seu comentário