A praça de esportes fica em silêncio ; o penalty vai ser ‘batido’ e deve definir o resultado final , o jogador de compleição frágil , prepara-se , da uma ‘paradinha’ , o goleiro olha atentamente seu espaço . . . a medalha de ouro olímpica faz o Maracanã vibrar , o saldo da Copa do Mundo, no ano de 2014 , é rapidamente esquecido .

O número de medalhas configura um novo momento do país continente , eram símbolos de ouro /prata/bronze . . .  a América Latina sente-se realizada nas praticas desportivas . O futebol esteve ‘engessado’ e as derrotas por anos questionadas . No retorno a seu berço de origem , a recepção por certo será diferenciada . . .  ‘passeata’ em carro oficial , de barco , de olhos marejados . . . sim , vencemos os ‘fantasmas’ internos e externos  .

 Futebol , canoagem e os três pódios , ginastica artística , tiro esportivo , barco a vela

. . .  o número de medalhas ( 19 ), é um novo retrato de nossa realidade , de nossa clientela representando as classes menos favorecidas . . .  atleta da periferia , mostrando que querer é parcela do poder . Assim , classes sociais menos favorecidas , são acionadas para estamentos inimagináveis . Dentre os vencedores  , o maior percentual é de elementos vinculados as  forças armadas .

 O ‘bater’ luvas é outra área conquistada , o vôlei é outro campo de conquista , o masculino uma vez que o feminino , não conseguiu o almejado . O encerramento foi carnavalesco , canções de um passado não muito distante , como ‘Carinhoso, As pastorinhas’ , . . .  e, a plateia cantando junto aos jogadores em quadra , fantasias /cores/sorrisos /fotos . . .  o Maracanã em roupagem 2016 . O ano 2020 abrigará em Tóquio a próxima Olimpíada .

 Na apoteose , não constou a presença de políticos partidários , nem de pressões ostensivas de grupos , o que no país é caso de admiração . Mas , para não perder a imagem , em 18 dias , 73 casos de furtos , em média 4 por dia, correspondendo a celulares , perfumes , barbeadores , dinheiro ,cartões de crédito . . .  tudo em estilo ‘made in Brasil ‘!

 Um acontecimento que ‘deu certo’ , sob a visão dos organizadores e dificilmente a imprensa aceitou como viável no Brasil e principalmente no Rio de Janeiro , tendo em vista esse esquema de insegurança reinante .

 A imprensa não deve ser apenas transmissoras de notícias , mas também configuradoras da realidade do cotidiano . Afinal quais seriam os objetivos de um jornal ? Uma promoção de grande vulto ( Olimpíada) , em plena fase de um deslocamento da titular , para o assumir de seu ex/vice . . .  e, nova retratação far-se-á presente  com tudo que lhe é de direito

 A oposição apregoava que a maioria das obras não estariam prontas em tempo hábil ;e o Rio em leituras diárias , não suportariam o afluxo de delegações dos demais continentes ; o interesse político foi minado pela instabilidade reinante . . . o assumir/agradar tornou-se a única saída . Planejamento, execução , treinamento de pessoal . . .  perece que com toda a especulação a atividade deu certo . . . vamos aguardar o ‘fechar’ das contas . . . e ,agora José ?    A festa acabou , confetes/serpentinas pelo salão . . . receitas/despesas . . . a cultura foi apreciada mas. . . tem o seu custo !

                                               a.begossi – 22/08/2016